23.6.05
Vergonha
É a única palavra que me vêm à cabeça quando leio a notícia do Correio da Manhã, conhecida através da Grande Loja. Porventura seguida de revolta. Essa notícia informa-nos dos recentes desenvolvimentos no julgamento do caso de corrupção, que arrastou uma significativa parte de elementos da corporação da Brigada de Trânsito da GNR em tempos próximos.
Segundo o jornal, o defensor de um dos elementos da GNR em julgamento, Manuel Matos Antão, tornou pública uma circular interna da GNR, assinada em 1986 pelo seu chefe do Estado-Maior, o brigadeiro António Francisco Marquilhas, que "livrou de condenação um número ainda indeterminado de políticos, magistrados, diplomatas, e agentes de forças de segurança, que pelas infracções de trânsito que cometeram foram apenas alvo de participações por escrito aos respectivos superiores hierárquicos" (negrito meu). A circular foi somente revogada em Novembro de 2002, pelo então MAI Figueiredo Lopes.
Instado pelo jornal a reagir, o antigo chefe do Estado-Maior da GNR declarou "já não se lembrar do contexto em que o documento foi elaborado", acrescentando que "[t]ratou-se de uma circular feita por um órgão de soberania, a GNR, em atenção a outros órgãos de soberania".
Mais um triste exemplo do rumo do nosso país, e do apodrecimento sucessivo da organização anquilosada, inútil, impreparada e decrépita que é a Guarda Nacional Republicana, que caminha a passos largos para assumir o seu estimado papel de alvo de chacota e anedotas. E de todo um sistema que permite que uma "circular" destas esteja em circulação durante 6 anos.
Segundo o jornal, o defensor de um dos elementos da GNR em julgamento, Manuel Matos Antão, tornou pública uma circular interna da GNR, assinada em 1986 pelo seu chefe do Estado-Maior, o brigadeiro António Francisco Marquilhas, que "livrou de condenação um número ainda indeterminado de políticos, magistrados, diplomatas, e agentes de forças de segurança, que pelas infracções de trânsito que cometeram foram apenas alvo de participações por escrito aos respectivos superiores hierárquicos" (negrito meu). A circular foi somente revogada em Novembro de 2002, pelo então MAI Figueiredo Lopes.
Instado pelo jornal a reagir, o antigo chefe do Estado-Maior da GNR declarou "já não se lembrar do contexto em que o documento foi elaborado", acrescentando que "[t]ratou-se de uma circular feita por um órgão de soberania, a GNR, em atenção a outros órgãos de soberania".
Mais um triste exemplo do rumo do nosso país, e do apodrecimento sucessivo da organização anquilosada, inútil, impreparada e decrépita que é a Guarda Nacional Republicana, que caminha a passos largos para assumir o seu estimado papel de alvo de chacota e anedotas. E de todo um sistema que permite que uma "circular" destas esteja em circulação durante 6 anos.
colocado por JLP, 20:01